Fim do Critérium Internacional, Basso fala sobre Contador, Wiggins deixa em aberto a continuidade
Após 85 anos de existência, foi agora anunciado o fim do Critérium Internacional. A ASO, organizadora da prova, decidiu assim deixar de organizar a prova francesa que contava com 85 edições, realizadas entre 1932 e este ano.
Muitos foram os que escreveram o seu nome na história da prova, como Hinault, Indurain, Fignon, mas nos últimos anos a mesma tem perdido importância e o pelotão tem sido cada vez mais reduzido.
As últimas sete edições disputaram-se na Córsega e a prova tornou-se cada vez mais monótona: três etapas em dois dias, uma etapa com menos de 100 quilómetros, um pequeno contra-relógio e a etapa rainha. Agora que o acordo entre a ASO e a ilha terminou, chega também ao fim a realização da prova.
Sobre esta decisão a organização disse: "Tomamos a decisão de deixar de organizar o Critérium Internacional. Apesar de ter grandes vencedores, nos últimos anos o pelotão tem vindo a diminuir devido a outras provas que coincidem com esta. Após sete anos de excelente colaboração com a ilha de Córsega, tivemos até a saída da 100ª edição do Tour, decidimos não renovar o acordo sobre esta prova. No entanto, continuaremos a cooperar em matéria de ciclismo dada a boa relação estabelecida durante estes anos".
Ivan Basso fala sobre Alberto Contador
Por estes dias Ivan Basso deu uma entrevista à Gazzetta dello Sport na qual fala sobre a polémica Tinkov/Contador.
"O Alberto é um homem simples e que se esquece do talento que tem no dia a dia. Ele trabalha duro para alcançar as metas que coloca a ele próprio, apesar de já ter ganho tudo. Vive totalmente comprometido com o ciclismo. Contador tem muito que oferecer e irá demonstra-lo."
Basso revelou que falou com Tinkov e lhe deu o seu ponto de vista sobre o assunto, "O facto é que quando um casamento acaba há sempre alguns problemas. O tempo dirá qual dos dois está certo. Eu esclareci com Tinkov o meu ponto de vista sobre os factos".
Sobre Contador ter tomado a melhor decisão ao continuar a sua carreira, Basso disse: "Não tenho dúvidas e ele vai provar isso mesmo. O Oleg fez-me a mesma pergunta e eu disse-lhe que ninguém tem o direito de dizer a um ciclista como Contador quando ele deve terminar a sua carreira. Eu não entro em pormenores sobre a vida pessoal dele, mas não há nada de errado com ciclistas obcecados por uma prova. Ser obcecado foi o que o ajudou a ganhar tudo o que tem. Claro que o Alberto pode ganhar outra grande volta. Eu sempre disse que ele não corre contra Quintana, Froome ou outros ciclistas, ele corre contra si mesmo".
Wiggins deixa aberta a possibilidade de continuar a sua carreira como ciclista
Por estes dias Bradley Wiggins e Mark Cavendish impuseram-se nos Seis Dias de Gent, uma prova de ciclismo de pista e, supostamente, a última vez que os dois iriam correr juntos (palavras do próprio Bradley Wiggins).
O que é certo, é que no final da prova e ao ser confrontado sobre os seus planos para o futuro, Wiggins respondeu: "Não tenho a certeza. Só quero desfrutar este momento. Apesar de tudo ainda tenho muito boas pernas. Mas neste momento só quero desfrutar do presente".
E continuou: "Penso no meu pai todos os dias. Ele continua a ser um dos meus heróis como ciclista. Não sou seu fã como pessoa e como pai era um lixo, mas como ciclista inspirou-me. É por isso que estou aqui como ciclista, por causa do que ele fez. Estou-lhe sempre grato por isso e, obviamente deu-me bons genes e bom espírito".
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