Volta a Portugal 2018 - Antevisão 4ª etapa
Esta etapa prometia ser demolidora, no entanto, a organização decidiu encurtá-la e tirar a ascensão à Torre. O pretexto utilizado foi o do calor, curiosamente depois de 3 dias em que os corredores estiveram expostos a temperaturas acima dos 40ºC, mas aí não houveram problemas.
Mesmo assim a etapa fará diferenças importantes e hoje teremos uma ideia de quem está na Volta para ganhar.
Mesmo assim a etapa fará diferenças importantes e hoje teremos uma ideia de quem está na Volta para ganhar.
Mapa |
Perfil |
Subida final às Penhas da Saúde |
Etapa encurtada e sem Torre.
A partida é da Guarda, local da chegada nas últimas duas edições da etapa que passava pela Torre. Os primeiro 20 quilómetros são dominados por uma longa descida e os 30 seguintes são em plano, até à primeira subida do dia.
A primeira versão da etapa, a subida à Torre era feita por Seia, na nova a subida irá ser feita logo por Gouveia até às Penhas Douradas, mais curta e menos dura. O calor não justifica esta decisão, já que quanto mais se sobe a temperatura baixa e depois de não se ter feito nada nas três etapas anteriores, este argumento é ainda mais ridículo.
Das Penhas Douradas desce-se até Manteigas segue-se para a subida de Sarzedo, uma subida relativamente curta e com uma percentagem de inclinação baixa (5,8%), prepara a subida final, a mais dura do dia e aquela que fará maiores diferenças.
A subida da Covilhã para as Penhas da Saúde é muito dura, são cerca de 12 quilómetros a 8% e esperam-se diferenças muito significativas.
Metas Volantes:
- Gouveia (627 m, Km 54.7),
- Covilha (543 m, Km 122.2).
Subidas categorizadas:
Penas Douradas (1ª Cat., 1413 m, 18.3 Km a 4.4%, Km 73.4),
Sarzedo (3ª Cat., 835 m, 5.2 Km a 4.8%, Km 107.6),
Penhas da Saúde (HC, 1487 m, 11.9 Km a 8.0%, META).
Cidade de partida: Guarda
Sé da Guarda (📸Wikimedia) |
A cidade da Guarda é sede de concelho com 55 freguesias (após a reorganização territorial passaram a 43). É ainda a capital do Distrito da Guarda.
É conhecida como a Cidade dos 5 F's, que significam Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa. Forte por causa da torre do castelo e das suas muralhas; Farta devido à riqueza do vale do Mondego; Fria pela sua localização a grande altitude; Fiel porque Álvaro Gil Cabral, Alcaide-Mor do castelo da Guarda recusou-se a entregar as chaves da cidade ao Rei de Castela durante a crise de 1383-85 e Formosa pela sua beleza natural.
Ao visitar a Guarda passeie calmamente pelo seu centro histórico, nele encontra vários monumentos arquitectónicos. Não perca a Sé da Guarda, que é lindíssima.
Cidade de chegada: Penhas da Saúde
Chalés de montanha (📸Logitravel) |
As Penhas da Saúde pertence ao município da Covilhã e é sobretudo uma estância de inverno, a principal da Serra da Estrela.
Situa-se a 1500 metros de altitude e é o principal ponto de partida para aceder à Torre durante o inverno, já que no topo da Serra da Estrela não há alojamento turístico.
O ar puro e refrescante é também muito apreciado pelos turistas no verão, que procuram fugir ao calor intenso da época.
Condições meteorológicas
Temperaturas muito altas, que podem ultrapassar novamente os 40 ºC, nas Penhas Douradas e da Saúde será um pouco mais baixa, a rondar os 33ºC! O vento vai soprar fraco.
Favoritos
⭐⭐⭐ Raúl Alarcon, Jóni Brandão
⭐⭐ António Carvalho, Henrique Casimiro
⭐ Edgar Pinto, Gustavo Veloso, Vicente De Mateos, João Benta
A nossa aposta: Raúl Alarcon
Não esperou pela Serra da Estrela para mostrar ao que veio. Já tem a camisola amarela e o que mostrou na etapa anterior foi uma superioridade preocupante em relação a todos os adversários.
É um todo terreno, tanto lhe faz ser plano, a subir ou a descer, é competente em tudo e não fica à espera dos outros como alguns, que preferem ficar a ver e a chupar a roda.
É um todo terreno, tanto lhe faz ser plano, a subir ou a descer, é competente em tudo e não fica à espera dos outros como alguns, que preferem ficar a ver e a chupar a roda.
Outsider: António Carvalho
A W52-FC Porto é a equipa mais forte e António Carvalho é um dos melhores trepadores do pelotão português da última década.
Este ano é um candidato ao pódio e se a equipa irá proteger Alarcon, não será de todo de estranhar que para isso use António Carvalho como um elemento de ataque, de forma a ter várias opções para a geral, como aconteceu em 2017 em que esse papel coube a Amaro Antunes.
Este ano é um candidato ao pódio e se a equipa irá proteger Alarcon, não será de todo de estranhar que para isso use António Carvalho como um elemento de ataque, de forma a ter várias opções para a geral, como aconteceu em 2017 em que esse papel coube a Amaro Antunes.
(a partir das 15:00)
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