Volta à França 2018 - Antevisão 13ª Etapa
Depois de três nos Alpes, a prova faz uma pausa na alta montanha e tem um dia mais 'simpático' para os ciclistas.
Rescaldo 12ª etapa:
Nada melhor que terminar os Alpes com uma etapa atacada desde bem cedo. Foi o que aconteceu, a Movistar decidiu mexer ainda antes do Col de Madeleine. Um grupo enorme formou-se com Valverde, Majka, Zakarin, Barguil, Alaphilippe (objetivo: defender a camisola da montanha), Rollanda, Kruijswijk, Gesink...e mais alguns.
A Sky tomou conta do pelotão, apesar de Rowe, Moscon e Poels terem ficado para trás com a aceleração inicial da Movistar. Os três recuperaram e entraram de imediato ao trabalho, a diferença para o grupo em fuga foi a crescendo. Madeleine foi ultrapassada e os Lacets de Montvernier e o grupo da frente foi perdendo unidades.
Mas foi no Croix de Fer que as coisas na frente mudaram e graças a Steven Kruijswijk que decidiu ir a solo, a 70 quilómetros da meta, um movimento corajoso e só seria apanhado perto do final. A Sky controlou o pelotão, com Poels, Castroviejo, Kwiatkowski e no Alpe d'Huez foi Bernal que impôs um ritmo infernal, que reduziu o grupo dos favoritos a meia dúzia. Nairo Quintana e Vincenzo Nibali ainda atacaram sair, o colombiano pouco depois de atacar ficou para trás, uma desilusão.
Quando Bernal saiu, Froome atacou, mas Tom Dumoulin foi buscá-lo a ritmo, com Thomas na roda. Bardet juntou-se à festa, o jogo entre os quatro permitiu a Landa reentrar. Nibali estava a tentar recuperar depois de ter sido abalroado por uma moto (no final do dia, soube-se que tem de abandonar a prova com uma vértebra fraturada).
Os cinco jogaram a vitória de etapa, com Thomas a ser o mais forte, Dumoulin acabou em segundo, ganhando uns segundos a Froome e Bardet, Landa foi quinto.
Geraint Thomas reforçou a liderança.
Destaque para a quantidade de abandonos de hoje, principalmente de sprinters. Greipel, Groenewegen e Gaviria já estão a caminho de casa, juntando-se assim a Cavendish e Kittel que já tinham abandonado no decorrer da 11ª etapa.
Combativo do dia: Steven Kruijswijk (LottoNL-Jumbo)
Classificação da 12ª etapa:
1 Geraint Thomas (GBr) Team Sky 5:18:37
2 Tom Dumoulin (Ned) Team Sunweb 0:00:02
3 Romain Bardet (Fra) AG2R La Mondiale 0:00:03
4 Chris Froome (GBr) Team Sky 0:00:04
5 Mikel Landa (Spa) Movistar Team 0:00:07
6 Primoz Roglic (Slo) LottoNL-Jumbo 0:00:13
7 Vincenzo Nibali (Ita) Bahrain-Merida
8 Jakob Fuglsang (Den) Astana Pro Team 0:00:42
9 Nairo Quintana (Col) Movistar Team 0:00:47
10 Steven Kruijswijk (Ned) LottoNL-Jumbo 0:00:53
Geral individual (Top-10):
1 Geraint Thomas (GBr) Team Sky 49:24:43
2 Chris Froome (GBr) Team Sky 0:01:39
3 Tom Dumoulin (Ned) Team Sunweb 0:01:50
4 Vincenzo Nibali (Ita) Bahrain-Merida 0:02:37
5 Primoz Roglic (Slo) LottoNL-Jumbo 0:02:46
6 Romain Bardet (Fra) AG2R La Mondiale 0:03:07
7 Mikel Landa (Spa) Movistar Team 0:03:13
8 Steven Kruijswijk (Ned) LottoNL-Jumbo 0:03:43
9 Nairo Quintana (Col) Movistar Team 0:04:13
10 Daniel Martin (Irl) UAE Team Emirates 0:05:11
Etapa 13
Mapa da 13ª etapa |
Perfil da 13ª etapa |
Últimos 5 Km da 13ª etapa |
Etapa perfeita para os homens da geral descansarem. Neste Tour, as fugas não têm tido sucesso, este é o dia ideal, já há poucos sprinters em prova, algumas equipas já têm poucos elementos para trabalharem e o cansaço acumulado já pesa.
A etapa Tem duas contagens de montanha, a mais complicada fica na primeira parte da etapa, aos 33 quilómetros.
Caso haja um sprint em pelotão compacto, há uma rotunda a 300 metros da linha de meta, que é importante para a colocação. Nos últimos 5 quilómetros há uma quantidade respeitável de rotundas.
- Saint-Quentin-sur-Isère (192 m, Km 70.7).
Subidas categorizadas:
- Côte de Brié (3ª Cat., 447 m, 2.4 Km a 5.9%, Km 33.2),
- Côte de Sainte-Eulalie-en-Royans (4ª Cat., 292 m, 1.6 Km a 4.3%, Km 109.6).
Cidade de partida: Bourg d'Oisans
Le Bourg-d'Oisans é uma cidade francesa no departamento de Isère, na região de Auvérnia-Ródano-Alpes.
Esta é já uma cidade consagrada da Volta à França devido à sua localização, bem próxima da mítica subida, o Alpe d’Huez. Por esse motivo, já foi palco de 22 começos de etapas (e apenas recebeu a meta uma vez). Também devido à sua localização, é muito procurada pelos apaixonados que praticam a modalidade. Daqui partem várias trilhas interessantes para quem anda de bicicleta.
Daí que não seja de admirar vermos que o turismo é o principal motor da economia de Bourg d'Oisans, aliado ao artesanato local.
Para além do ciclismo, btt, montanhismo, caminhadas e escaladas, existem alguns pontos interessantes a ver, como por exemplo a Igreja de Saint-Laurent (século XIX) com o seu órgão moderno que parece uma coluna de luz, vestígios do Château des Dauphins (século XIV) ou o museu
dos minerais e da fauna alpina (a maior colecção de minerais alpinos
de toda a França).
Cidade de chegada: Valence
Parc Jouvet - Valence |
Valence apenas foi palco do Tour uma vez em toda a história, decorria o ano de 1996. Em contrapartida recebeu várias vezes o Criterium du Dauphine.
A palavra Valence tem origem no latim e significa "força ou capacidade". No tempo dos romanos, a cidade era conhecida como Valentia Julia. Foi uma cidade muito importante durante o império Augustino.
Nos dias de hoje, devido à sua localização geográfica, Valence é um importante centro de comunicação no sul de França.
Probabilidade de chuva, com a temperatura um pouco acima dos 20ºC durante o dia na região. O vento soprará moderado de Oeste, pode propiciar cortes no pelotão.
Favoritos
⭐⭐⭐ Fuga
⭐⭐ Peter Sagan
⭐ Arnaud Demare, Alexander Kristoff, John Degenkolb, Christophe Laporte, Sonny Colbrelli
A nossa aposta: Fuga
Esta é uma das últimas oportunidades para os sprinters antes de Paris. No entanto, as forças já não são muitas e as equipas já perderam elementos. A Bora-Hansgrohe deve ser a principal interessada e para isso terá de controlar a fuga.
Acreditamos que desta vez a fuga tem sucesso.
Esta é uma das últimas oportunidades para os sprinters antes de Paris. No entanto, as forças já não são muitas e as equipas já perderam elementos. A Bora-Hansgrohe deve ser a principal interessada e para isso terá de controlar a fuga.
Acreditamos que desta vez a fuga tem sucesso.
Outsider: Peter Sagan
Se a etapa acabar ao sprint, o principal candidato é Peter Sagan. Sem Fernando Gaviria e Dylan Groenewegen em prova, o campeão do mundo é o homem a bater.
Se a etapa acabar ao sprint, o principal candidato é Peter Sagan. Sem Fernando Gaviria e Dylan Groenewegen em prova, o campeão do mundo é o homem a bater.
Seguir em directo: #tdf2018, #letour, #tourdefrance, #tdf
(a partir das 13:30, hora de Portugal Continental, passa para a RTP1 às 14:00)
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