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Relatório 2017 - BMC

País - Estados Unidos
UCI WT  Ranking - 3º

A equipa americana realizou uma excelente temporada, muito por culpa de um super Greg Van Avermaet, que fez uma primavera brilhante e acabou o ano como número 1 do ranking UCI.
O calcanhar de aquiles da equipa foram as grandes voltas, com Richie Porte a abandonar o Tour, quando era um dos grandes candidatos ao pódio.

Principal Figura - Greg Van Avermaet

Foi a grande figura da primavera. Venceu o Paris-Roubaix, Gent-Wevelgem, E3 Harelbeke e a Omloop Het Nieuwsblad. Só faltou mesmo a Volta à Flandres, que foi ganha por Gilbert.
Em final de temporada foi 2º no GP Québec, 7º GP Montreal e 6º no campeonato do mundo, terminando o ano na primeira posição do ranking World Tour, pela primeira vez.

Desilusão - Tejay Van Garderen

Depois da desilusão que foi 2016, este ano o americano tinha como grande objetivo o Giro. Apesar de ter ganho uma etapa, acabou num decepcionante 20º lugar da geral individual. Na Vuelta conseguiu um 10º lugar na geral individual, o que não é mau, mas é pouco para um ciclista que chegou a ser apontado como um futuro vencedor de grandes voltas.

Principal resultado - Paris-Roubaix

Ganhar o Paris-Roubaix, a rainha das clássicas, é um sonho para qualquer ciclista profissional e para um homem das clássicas é como o Santo Graal.
Greg Van Avermaet estava a realizar uma primavera muito boa, tinha acabado de ficar em 2º na Volta à Flandres e para tornar a temporada do pavé excepcional, o belga tinha de ganhar o Paris-Roubaix e foi o que fez. Com um trabalho de equipa fantástico, principalmente por parte de Daniel Oss, Avermaet concluiu-o de forma perfeita.
Primeiro monumento da carreira.

Outros resultados relevantes - Omloop, Gent-Wevelgem, E3 Harelbeke, Volta à Romandia

A equipa através de Greg van Avermaet dominou a primavera, como já foi dito. Omloop, Gent-Wevelgem e E3 Harelbeke foram vitórias muito importantes, num ano para não esquecer.
Richie Porte também realizou uma primeira parte de temporada muito boa, o resultado que mais se destaca é a conquista da Volta à Romandia.

Melhor momento - Paris Roubaix

Ver categoria: Principal resultado.

Pior momento - A queda e consequente abandono de Porte no Tour

A 9ª etapa foi o primeiro grande teste para os favoritos. A seleção foi feita no Mont du Chat, Richie Porte estava no grupo da frente, na descida uma distração do australiano pôs fim à sua prova e também à sua temporada.
A equipa tinha apostado muito na Volta à França e tudo foi por água a baixo, num momento infeliz de Porte.

Revelação - Dylan Teuns

Prometeu muito na primavera, ao ser 3º na Flèche Wallone e concretizou na segunda parte da temporada. Ganhou o Tour de Wallonie, onde também ganhou duas etapas, conquistou a Volta à Polónia e a Artic Race, onde também ganhou uma etapa.
Foi um ano de afirmação do belga, que em 2017 deverá ser aposta na Ardenas e também em provas por etapas mais curtas.

Avaliação
 
Positivo
  • A temporada de Greg Van Avermaet;
  • A primeira parte da temporada de Richie Porte;
  • Equipa muito homogénea;
Negativo
  • A geral individual das grandes voltas;
  • Falta um sprinter.
Veredicto

Foi ano positivo para a equipa americana, em termos globais foi o segundo melhor dos últimos 5 anos, melhor só em 2014.
Quem contribuiu mais foi Greg Van Avermaet que realizou um ano muito forte, contribuiu com quase 33%. Segue-se Richie Porte com 18%, sendo que a equipa apesar destes dois terem uma parte significativa dos pontos, ter um desempenho bastante homogéneo, com vários ciclistas a terem bons resultados e a contribuírem para o sucesso da mesma. É das equipas mais equilibradas do pelotão.



Em termos de vitórias, foram mais 19 do que em 2016, uma diferença significativa. O melhores desempenho neste aspeto nos últimos 5 anos.
No World Tour, foram 21 as vitórias, mais 9 do que em 2016, este é um dos fatores que contribuiu para a melhoria do ranking.
Em relação aos pódios, graças ao maior número de vitórias, há também uma subida interessante.




Greg Van Avermaet, os primeiros meses do ano de Richie Porte e uma segunda linha de grande qualidade, fazem com que a equipa americana tenha realizado uma grande temporada.
De referir, que não conseguiram recuperar o título mundial de contrarrelógio coletivo, sendo um dos falhanços da BMC em 2017.

Futuro

Em termos de entradas, Jürgen Roelandts entra para substituir Daniel Oss nas clássicas do pavé. Alberto Bettiol, é um ciclista interessante para provas de um dia ao estilo das Ardenas. Simon Gerrans irá tentar reencontrar os melhores dias, nos últimos dois anos tem estado longe do melhor.

Das saídas, natural destaque para Daniel Oss, que deixa a BMC e junta-se a um dos grandes adversários nas clássicas, Peter Sagan, uma enorme perda para Greg Van Avermaet. Ben Hermans deixa a equipa americana para abraçar o projeto da equipas da Israel Academy, um ciclista que realizou um bom inicio de 2017. Amaël Moinar, Manuel Senni, Silvan Dillier são ciclistas de segunda linha, que por vezes apresentavam resultados interessantes.
Ainda destaque para os retirados, Samuel Sanchez, Manuel Quinziato e Martin Elminger.

Em termos globais a equipa fica mais frágil com a saída de Daniel Oss e Ben Hermans, mas os substitutos são nomes fortes, Jürgen Roelandts e Alberto Bettiol.

Entradas:
Nathan Van Hooydonck (BMC Development)
Alberto Bettiol (Cannondale-Drapac)
Jürgen Roelandts (Lotto Soudal)
Simon Gerrans (Orica-Scott) 
Paddy Bevin (Cannondale-Drapac)

Saídas:
Manuel Quinziato (Retirou-se)
Daniel Oss (Bora-Hansgrohe)
Amaël Moinard (Team Fortuneo-Oscaro)
Manuel Senni (Bardiani-CSF)
Silvan Dillier (AG2R La Mondiale)
Ben Hermans (Israel Cycling Academy)
Sammy Sanchez (Retirou-se)
Martin Elmiger (Retirou-se)
Floris Gerts

Extensões: 
Richie Porte, Michael Schär, Brent Bookwalter, Alessandro De Marchi, Danilo Wyss, Damiano Caruso, Jempy Drucker, Joey Rosskopf, Fran Ventoso, Rohan Dennis, Stefan Kung, Tejay van Garderen, Tom Bohli


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