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Israel ameaçou cancelar acordo com o Giro


Parece mentira, mas aconteceu mesmo! Durante algumas horas, a partida do Giro d'Itália 2018 (que foi apresentado ontem) esteve em risco. 
Após a apresentação do percurso, Israel demonstrou o seu descontentamento o que levou os ministros israelitas do Turismo, Yariv Levin e do Desporto, Miri Regev, a ameaçar romper de imediato o acordo com a Corsa Rosa.

Em causa estava o nome usado pelos organizadores do evento para denominar a cidade de partida e chegada da primeira etapa. Os documentos oficiais aparecia o nome West Jersualem (Jerusalém Oeste).

Este termo tem um significado político. Após a guerra de 1948, Jerusalém foi divido em duas partes, tendo a parte oeste ficado sobre o domínio de Israel. Só depois da guerra de 1967 é que o lado leste foi anexado. Sendo assim, a utilização do termo é um choque para Israel que o considera pro-Palestina.

De imediato foi emitido um comunicado pelo governo de Israel, onde se podia ler:
"Enquanto o Giro não mudar a denominação do local de partida, denominado como Jerusalém Oeste, o Governo de Israel não participará desta iniciativa. Jerusalém é a capital de Israel. Não há oeste e leste."

Nas últimas horas a RCS modificou o perfil da primeira etapa e retirou todas as alusões ao "oeste" que se encontravam no seu site e redes sociais.
Para além de tudo isso, emitiram também um comunicado:
"RCS Sport quer esclarecer que a partida do Giro de Itália 2018 terá lugar em Jerusalém. Durante a apresentação do evento, o material técnico indicava Jerusalém Oeste devido ao fato de que a competição partirá dessa parte da cidade. Não houve intencionalidade política no termo, que já foi retirado do material oficial do Giro."

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