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Nibali: "A corrida devia continuar. Eu nunca espero que alguém espere por mim quando eu paro."

Vincenzo Nibali (Foto: Sunada)
Vincenzo Nibali venceu ontem a etapa, mas a verdade é que o dia fica marcado pelo problema que levou Tom Dumoulin a parar e o fez perder tempo. No final, Nibali proferiu algumas palavras sobre o que aconteceu e deu a sua opinião sobre o assunto.

"Estávamos a dois minutos da fuga e queríamos ir muito fortes na subida. Mesmo antes de começar a subida fomos informados que o líder tinha parado, mas não nos sabia explicar o que se tinha passado. Quando se soube o que tinha acontecido, a Orica e a Trek-Segafredo deixaram de trabalhar e houve uma pausa, mas depois decidimos reiniciar porque a fuga continuava. A corrida devia seguir."

"Era o final da etapa e era difícil perceber se devíamos ou não parar. Não foi uma queda, mas sim um problema que, quem sabe, estará ligado com ter-se alimentado mal na descida ou estar a passar mal. Na história do ciclismo já ocorreram outras situações similares. Recordo-me do Peter Sagan ter tido um problema parecido nos Campeonatos do Mundo em Geelong e ninguém esperou."

"Sou directo e muito claro: Eu nunca espero que alguém espere por mim quando eu paro. Muitas vezes furei ou cai e tive de perseguir o pelotão. Não sei, talvez precisemos de comissários que decidam quando parar a prova, tanto na fuga como atrás. Não sei, talvez levem a mal o que digo."

Nairo Quintana: "Eu não ataquei (...) quis respeita-lo e devolver o favor do outro dia"

No final da etapa, também Quintana falou sobre o que se passou com Tom Dumoulin, expressando que a sua vontade era não atacar a corrida e desta forma 'devolver' o gesto de desportivismo que Dumoulin teve para com ele na 15ª etapa, quando o colombiano caiu.

"Eu não ataquei e não coloquei pressão no momento em que ele (Tom Dumoulin) estava a passar por dificuldades. Eu quis respeita-lo e devolver o favor do outro dia, quando ele foi um verdadeiro cavalheiro na altura em que eu cai. Nós respeitamos mas outras equipas quiseram fazer a sua própria corrida, não lucrando com esse infortúnio, mas lutando pelos seus próprio interesses."

Tom Dumoulin: "Perder dois minutos por causa de um problema como este é realmente decepcionante"

Quando subiu ao pódio para vestir a camisola rosa, Tom Dumoulin era visivelmente, uma pessoa desiludida. Mas uns minutos depois, na altura em que conversava com a comunicação social, explicou que a desilusão era com ele próprio.
"No pódio, eu estava com raiva de mim próprio porque eu sentia-me com boas pernas. Eu perdi dois minutos por causa de um problema como este. É realmente decepcionante. Eu só perdi 2 minutos em 33 quilómetros perseguindo sozinho o tempo todo, então eu definitivamente tinha pernas para seguir Quintana e Nibali."

Quando questionado sobre o que se passou, Dumoulin foi muito directo nas suas palavras:
"Eu tive de cagar.... É isso. Senti-me doente de repente, depois do topo do Stelvio, quando começou a descida. 
Pode ter sido uma combinação da altitude e ter comido demasiados géis. Em subidas como estas não se pode comer barras."

Perguntaram a Dumoulin a sua opinião, se os restantes candidatos à geral deviam ou não ter esperado por ele. E o holandês deixou bem claro que não estava à espera que os seus rivais esperassem por ele:
"Eu realmente não sei o que aconteceu na frente. Ouvi que a Movistar esperou um pouco, mas a corrida continuou e eles estavam a perseguir ciclistas como o Steven Kruijswijk. Não os posso culpar por quererem perseguir o Kruijswijk, dar-lhe três minutos seria uma situação complicada."

Fontes:
http://sprint-final.com
http://www.cyclingnews.com 

 

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