Gent-Wevelgem (1.WT) - Antevisão
A Gent-Wevelgem é uma das clássicas mais importantes do calendário, sendo que muitos consideram-na o 6º monumento.
A edição 2017 será a 79ª, com a partida da cidade de Deinze, desde de 2004 que a prova não parte da cidade que é considerada o coração espiritual do ciclismo da Flandres e que dá nome à prova, Gent, em vez disso parte numa cidade nos arredores, a já mencionada, Deinze.
É conhecida por ser a clássica do pavé, mais propícia para os sprinters e a sua história demonstra-o, Cipollini venceu-a por três vezes, Tom Steels ganhou-a duas vezes, Oscar Freire também a conquistou. Porém nem sempre um sprinter puro a venceu, aliás a coisa equilibra-se.
Tom Boonen, Rick Van Looy, Eddy Merckx, Mario Cipollini e Robert Van Eenaeme são os recordistas com três vitórias, sendo que a edição do ano passado foi conquistada pelo vencedor do último Milão-São Remo, John Degenkolb, que é um dos grandes favoritos a repetir o triunfo.
História
últimos 10 vencedores
2007 Marcus Burghardt (Ger) T-Mobile Team
2008 Oscar Freire (Esp) Rabobank
2009 Edvald Boasson Hagen (Nor) Columbia-Highroad
2010 Bernhard Eisel (Aut) Team HTC - Columbia
2011 Tom Boonen (Bel) Quickstep Cycling Team
2012 Tom Boonen (Bel) Omega Pharma - Quickstep
2013 Peter Sagan (Svk) Cannondale Pro Cycling
2014 John Degenkolb (Ger) Team Giant-Shimano
2013 Peter Sagan (Svk) Cannondale Pro Cycling
2014 John Degenkolb (Ger) Team Giant-Shimano
2007 Marcus Burghardt (Ger) T-Mobile Team
2008 Oscar Freire (Esp) Rabobank
2009 Edvald Boasson Hagen (Nor) Columbia-Highroad
2010 Bernhard Eisel (Aut) Team HTC - Columbia
2011 Tom Boonen (Bel) Quickstep Cycling Team
2012 Tom Boonen (Bel) Omega Pharma - Quickstep
2013 Peter Sagan (Svk) Cannondale Pro Cycling
2014 John Degenkolb (Ger) Team Giant-Shimano
2013 Peter Sagan (Svk) Cannondale Pro Cycling
2014 John Degenkolb (Ger) Team Giant-Shimano
2015 Luca Paolini (Ita) Team Katusha
2016 Peter Sagan (Svk) Tinkoff
Edição 2016 (Top-10)
1 Peter Sagan (Svk) Tinkoff Team 5:55:12
2 Sep Vanmarcke (Bel) Team LottoNl-Jumbo
3 Viacheslav Kuznetsov (Rus) Team Katusha
4 Fabian Cancellara (Swi) Trek-Segafredo
5 Arnaud Demare (Fra) FDJ 0:00:11
6 Fernando Gaviria Rendon (Col) Etixx - Quick-Step
7 Jurgen Roelandts (Bel) Lotto Soudal
8 Jacopo Guarnieri (Ita) Team Katusha
9 Greg Van Avermaet (Bel) BMC Racing Team
10 Michael Morkov (Den) Team Katusha
2 Sep Vanmarcke (Bel) Team LottoNl-Jumbo
3 Viacheslav Kuznetsov (Rus) Team Katusha
4 Fabian Cancellara (Swi) Trek-Segafredo
5 Arnaud Demare (Fra) FDJ 0:00:11
6 Fernando Gaviria Rendon (Col) Etixx - Quick-Step
7 Jurgen Roelandts (Bel) Lotto Soudal
8 Jacopo Guarnieri (Ita) Team Katusha
9 Greg Van Avermaet (Bel) BMC Racing Team
10 Michael Morkov (Den) Team Katusha
Percurso
Deinze › Wevelgem (249 Km)O percurso este ano tem uma grande novidade, a inclusão de sectores não asfaltados nem empedrados, em itália, são conhecidos por sectores de sterrato, na Bélgica, dá-se o nome de Plugstreets. São apenas 3 sectores pequenos, situados a 59,5 a 52,7 Kms da meta e não tem subidas muito complicadas, mas mesmo assim podem eliminar os mais distraídos e os pior colocados, já que não será surpresa se acontecerem cortes no pelotão.
Esta é das clássicas que mais se adequa aos sprinters, mas o circuito que contém o Baneberg e Kemmelberg, deverá fazer uma seleção, a dúvida será se o grupo será muito restrito, ou as equipas dos sprinters conseguirão estar bem representadas, de forma a controlar a corrida.
O Kemmelberg é a subida onde tudo pode acontecer, um muro típico da Flandres, onde homens como Sagan, Van Avermaet ou Boonen atacarão. A parte final, dependendo das constituição das equipas dos sprinters, é ideal para haja perseguição aos fugitivos.
Esta prova é longa, são 249 Kms, é outro dos fatores que influencia a prova.
Lista das pequenas subidas e dos Hellingen's/muros:
Subida 1 Den Appel (125,7 Km da meta)Subida 2 Le Steen Acker (120,3 Km da meta)
Hellingen/muro 1 Catsberg / Mont des Cats (113,6 Km da meta)
Hellingen/muro 2 Kokereelberg / Mont Kokereel (110,1 Km da meta)
Hellingen/muro 3 Vert Mont (107,8 Km da meta)
Hellingen/muro 4 Zwarte Berg / Mont Noir: Côte du Ravel Put (105,5 Km da meta)
Hellingen/muro 5 Zwarte Berg / Mont Noir: Côte de la Blanchisserie (100,3 Km da meta)
Hellingen/muro 6 Le Ravensberg (93,8 Km da meta)
Subida 3 Speelberg (92,3 Km da meta)
Hellingen/muro 7 Baneberg (82,7 Km da meta)
Subida 4 De Pingelaar (77,6 Km da meta)
Hellingen/muro 8 Kemmelberg-Belvedère (74,7 Km da meta)
Hellingen/muro 9 Monteberg (70,7 Km da meta)
Subida 5 Kraaiberg (65,6 Km da meta)
Subida 6 Mesenberg (64,2 Km da meta)
Plugstreet Experience (Km 59,5 a km 52,7)
Subida 7 La Hutte (58,9 Km da meta)
Plugstreet 2 (57 Km da meta)
Plugstreet 3 (54,8 Km da meta)
Subida 8 Rosenbergstraat (52,7 Km da meta)
Subida 9 De Trompe (50,7 Km da meta)
Perfil da sector de sterrato belga (Plugstreet):
Startlist
Condições meteorológicas
As previsões para este domingo na região onde se disputa a prova, são de um belo dia de primavera, com o Sol a brilhar e 16ºC de temperatura. O vento soprará moderadamente de Este, o que pode causar cortes no pelotão.
Favoritos
Esta é daquelas provas que podem ser decididas num sprint em Wevelgem em grupo compacto ou por um grupo reduzido ou então com alguém isolado. Se as condições meteorológicas fossem agrestes, acreditamos que acabaria por ser decidida por um grupo muito reduzido ou alguém conseguiria chegar isolado. Depende muito como estarão as equipas dos sprinters e também de como irá ser atacada a corrida no Kemmelberg.
O principal favorito tem de ser Peter Sagan, apesar de ter estado ausente no momento decisivo na E3 Harelbeke. Venceu no ano passado e é dos que podem ganhar atacando de longe, como também ao sprint em pelotão compacto.
A Trek-Segafredo foi das que falhou rotundamente na E3 Harelbeke. Jasper Stuyven pareceu forte a meio da prova, mas depois apagou por completo. Nesta prova deverá trabalhar para Degenkolb, mas se o alemão falhar, deverá ser a segunda opção. Já John Degenkolb, tal como Sagan não esteve no momento decisivo, quando Gilbert e Van Avermaet atacaram. Para esta clássica, é dos sprinters mais fortes, mas também não é de excluir, a possibilidade de chegar num grupo reduzido.
Alexander Kristoff será a aposta da Katusha-Alpecin. É uma das clássicas que mais se adequam às suas características. Não é extramente dura, mas também não é completamente plana, além do mais é longa e o norueguês é dos melhores velocistas em provas muito longas.
A Quick-Step Floors, mas uma vez apresenta um conjunto de luxo. Com Tom Boonen, Fernando Gavíria, Zdenek Stybar, Niki Terpstra, Matteo Trentin e Yves Lampaert, a equipa belga tem grandes hipótese de estar a lutar pela vitória em qualquer cenário, são opções para todos os gostos e feitios.
Destacamos doi nomes: Tom Boonen e Fernando Gavíria. O primeiro, mostrou estar bem na E3 Harelbeke, não esteve na luta pela vitória, mas foi um dos mais fortes do grupo perseguidor. Espera-se que ataque de longe, mas também não é uma carta fora do baralho caso haja uma chegada em pelotão compacto. Este último cenário depende de Fernando Gavíria, que para um sprint em pelotão deve ser a principal opção da equipa.
Um dos que para ganhar terá de atacar ou então conseguir estar na movimentação correcta, seguindo a roda certa, é Greg Van Avermaet. O belga da BMC é um dos melhores ciclistas da actualidade neste tipo de terreno, este ano, já venceu a Omloop e a E3 Harelbeke à poucos dias. É naturalmente um dos grandes favoritos.
Uma das novas sensações do ciclismo belga é Oliver Naesen. foi 7° na Omloop, 8° na Kuurne, 6° na Dwars Door Vlaanderen e 3° na E3. Está a fazer apenas a sua segunda temporada no World Tour e apesar da prova ser muito longa é um dos mais fortes atualmente neste terreno. Para lutar pelos primeiros lugares, é dos que terá de mexer a corrida.
Arnaud Dèmare é dos que procurará que a prova chegue em pelotão compacto. Não esteve na E3 Harelbeke, apostou todas fichas nesta clássica e terá uma equipa inteira a trabalhar para si.
Sonny Colbrelli foi 7º na E3 Harelbeke, mostrando que contínua em boa forma. É um ciclista muito versátil, apesar de não ter muita experiência no pavé é um dos nomes a ter em conta.
Por fim, falar de Dylan Groenewegen e Michael Matthews. O jovem holandês este ano já mostrou que este terreno também não lhe é desconhecido. Foi 18º na Kuurne e 5º na Dwars door Vlaanderen. Já o australiano da Sunweb, ainda é inexperiente no pavé, não dá muitas garantias neste terreno. Mas é um dos ciclistas mais versáteis, capaz de subir bem e de sprintar com os melhores.
***** Peter Sagan
**** Alexander Kristoff, Fernando Gavíria, John Degenkolb
*** Dylan Groenewegen, Tom Boonen, Arnaud Demare, Oliver Naesen, Greg Van Avermaet
** Sacha Modolo, Matteo Trentin, Zdenek Stybar, Niki Terpstra, Jasper Stuyven, Michael Matthews
* Magnus Cort, Fabio Felline, Jens Debusschere, Edvald Boasson Hagen, Jurgen Roelandts, Luke Rowe, Caleb Ewan
A nossa aposta: Peter Sagan
Outsider: Fernando Gavíria
Seguir em directo: @GentWevelgem, #GWE, Eurosport 2 (apartir das 13h, hora Portugal Continental)
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