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Os destaques da Volta à Flandres 2015

Kristoff no pódio (na imagem)
A Volta à Flandres disputou-se ontem, com alguns a brilharem e outros a desiludirem. Aqui ficam os nossos destaques do segundo monumento do ano.

 OS MAIS

Alexander Kristoff
O que dizer de Alexander Kristoff? Depois de três vitórias de etapa e conquistar a geral nos 3 dias de Panne, ganha o segundo monumento da temporada e o seu segundo monumento da sua carreira.
Foi inteligente ao responder a Terpstra, os dois nunca mais seriam apanhados. Demonstrou estar muito forte, Terpstra esperava deixá-lo para trás no Paterberg, não o conseguiu.
Depois o sprint final foi tudo demasiado fácil para Kristoff.

Greg Van Avermaet
Van Avermaet não venceu, mas na última grande dificuldade demonstrou estar muito forte, o problema é que já era tarde demais para chegar à frente da corrida.
Peter Sagan conseguiu-o seguir no Paterberg, mas nos últimos metros não aguentou o belga, que por pouco não conseguia apanhar o duo da frente.
Já merece uma vitória num monumento, veremos o que pode fazer no Paris-Roubaix.

Tiesj Benoot
Este jovem belga foi um dos nomes que colocamos como dos jovens a seguir em 2015, ver aqui. E tem vindo a confirmar, ontem foi um monstro. Com apenas 21 anos, Benoot já é um nome a ter em conta no pavé.
O legado de Boonen está bem entregue, Benoot foi o melhor belga, é um super-talento com tudo para dominar neste terreno.

André Greipel
Greipel fez um trabalho espantoso em prol de Benoot e Roelandts. Não se pode pedir muito mais ao alemão, que no Paris-Roubaix promete ser um dos homens a ter em conta.
Atacou, liderou várias vezes o grupo principal impondo o ritmo nos 'muros', esteve gigante, um autêntico gorila (é o nickname que é conhecido no mundo do ciclismo) em cima da bicicleta.
É um dos homens que no fim da prova devem ser elogiados e muito.

Nélson Oliveira
Que grande actuação, é o mínimo que se pode dizer da prova de Nélson Oliveira. Até à última passagem do Oude Kwaremont, Oliveira atacou, andou pela frente e trabalhou para Cimolai.
Acabou num brilhante 20º lugar, será que finalmente temos um português capaz de fazer grandes resultados neste tipo de terreno? Ontem mostrou-nos que sim.

OS MENOS

Sep Vanmarcke
Quando pensamos em pavé, um dos nomes que pensamos é Sep Vanmarcke. A sua regularidade neste tipo de prova tem sido muito boa, apesar de ainda não ter vencido.
Até que ontem, Vanmarcke fica no segundo grupo num dos muros com pavé, ainda tentou chegar ao primeiro grupo, ficou a poucos metros de o conseguir.
Depois pagou esse esforço e acabou num decepcionante 53º lugar a 3 minutos e 29 segundos do vencedor.
Decepção total, a maior de ontem.

Geraint Thomas
Thomas era o homem a bater, venceu a E3 e na Gent-Wevelgem apesar de não vencer mostrou-se o mais forte.
Ontem simplesmente não conseguiu mais, a falta de pernas foi evidente, nem top-10 conseguiu. Ainda tentou uma ou outra vez, mas não deu, nunca foi convincente nos ataques e no final acabou no 14º lugar.

Etixx - QuickStep
A Etixx-QuickStep tem estado nas decisões nas clássicas, mas a verdade é que o que tem acumulado são derrotas atrás de derrotas. Desta vez, a decisão de Tersptra colaborar com Kristoff, pode ser questionada. Stybar no grupo de trás, respondeu aos ataques de Thomas, mas não conseguiu responder a Van Avermaet e Sagan.
Terpstra na frente não conseguiu deixar para trás Kristoff, com mais dois homens a persegui-los, a Etixx pouco poderia fazer mais, do que assistir à derrota do holandês no sprint, ou então poderia ter ordenado a Terpstra para não colaborar com Kristoff nos últimos quilómetros! 
A verdade é que mais uma vez a Etixx-QuickStep foi derrotado no 'seu quintal', este ano já foram demasiadas vezes.

Carro neutro da shimano
Ao longo dos tempos, já houveram problemas com carros de apoio em diversas provas, mas ontem, chegou a um nível extra. O carro de apoio neutro da Shimano não ficou satisfeito por eliminar um ciclista da prova, fez questão de bater num carro de apoio da FDJ.fr e enviar outro corredor ao chão.
O que se assistiu ontem foi uma vergonha, já não é a primeira vez que problemas destes acontecem na Volta à Flandres, ver aqui o caso de Jesper Skibby.
A principal vitima foi Jesse Sergent, que foi derrubado e o resultado foi uma clavícula partida.

As duas situações a envolver o carro da apoio neutro da Shimano na Volta à Flandres


 ESTÁ BOM MAS NÃO CHEGOU :)

Peter Sagan
Sagan foi 4º no primeiro monumento e no segundo foi...4º novamente. Este ano tem sido muito complicado para o eslovaco e para a equipa russa.
Na E3, Sagan nos últimos quilómetros ficou completamente apeado, quando estava na frente com Thomas e Stybar, desta vez foram nos últimos 50 metros que o eslovaco não conseguiu seguir a aceleração de Van Avermaet.
Não se pode dizer que Sagan esteve mal, perante o contexto actual, só por essa razão é que não está nos 'menos', mas para um dos maiores talentos da última década, é pouco ser acabar em 4º.

John Degenkolb
O vencedor do primeiro monumento do ano, aguentou-se muito bem no grupo dos favoritos. Porém, nunca se mostrou muito, limitou-se a estar no grupo.
Degenkolb tinha afirmado antes da prova, que o Paris-Roubaix se adequa mais às suas características, apesar dessa afirmação, o alemão mostrou que no futuro é um homem a ter conta na Flandres.
Este ano não foi suficiente, mas ter estado no grupo da frente, já é uma boa notícia para ele e equipa.

Niki Terpstra
Não podemos criticar muito o holandês, fez o que tinha a fazer, atacou e trabalhou para chegar na frente. No entanto, será que a opção de ajudar Kristoff foi a melhor? Nunca saberemos, o que sabemos é que Terpstra teve mais uma grande actuação no pavé, demonstrando que na actualidade é um dos melhores neste terreno.
Domingo irá defender o título no Paris-Roubaix e ontem demonstrou estar em grande forma.

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