Histórias e curiosidades do Giro de Itália (Parte III)
O inicio da era Merckx
Na década de setenta o ciclismo mundial era dominado por Eddy Merckx. As suas “aventuras” no Giro começaram a dar que falar nos finais dos anos sessenta. Felice Gimondi, que foi um dos melhores ciclistas italianos de sempre venceu a edição de 1967. Era esperado que ele dominasse por muitos anos mas entretanto surgiu outro fenómeno, o já referido : Eddy Merckx. Em 1967 o Canibal venceu uma etapa, mas não terminou a prova pois foi afectado por uma bronquite.
No ano seguinte começou a “Era Merckx”, que obteve a vitória final da prova, a sua primeira das cinco que viria a alcançar. Em 1969 quando disputava a prova em busca do “Bi”, o maior ciclista de todos os tempos, levava já três etapas quando foi suspenso por acusar doping. Dessa forma o título ficou para o Italiano Gimondi. Um ano mais tarde, Merckx venceu a prova e relegou Gimondi para segundo lugar.
Em 1971 Merckx não participou no Giro, o que permitiu que outro ciclista tivesse a possibilidade de ganhar a prova. Gösta Petterson usufruiu assim da sua ausência e levou a vitória final para “casa”. Até à data é a única vitória de um ciclista sueco no Giro.
Mas no ano seguinte quem volta a competir? Eddy Merckx! Resultado final? Vence a prova. Foi novamente vencedor no ano seguinte, e no outro. Já levava um tri, o que a juntar às duas edições que tinha vencido “interruptamente” dava um brutal número de cinco Giros para ele.
O tetra falhado foi responsabilidade de Fausto Bertoglio. Gimondi voltou ao lugar mais alto do pódio aos 34 anos, em 1976, e foi a última vez. Para os italianos Gimondi teve azar por competir na mesma altura que o canibal o que o impediu de ter ainda melhores resultados. Durante estes anos as montanhas iam sendo dominadas por José Manuel Fuente, que foi o melhor “trepador” entre 1971 e 1974.
Anos 80
Durante os anos oitenta o Giro era em conjunto com o Tour a prova predilecta dos melhores ciclistas. Havia o “hábito” dos corredores que fazerem o Giro e o Tour na mesma temporada.
Em 1980 Bernard Hinault arrancou como gregário, Wladimiro Panizza, foi o líder da prova até à fase final, mas na penúltima etapa, Hinault arrebatou o primeiro lugar vencendo assim o prova pela primeira vez. Em 1981 Giovanni Battaglin ficou com o título, mas em 1982, Hinault voltou a ser o vencedor!
Em 1980 Bernard Hinault arrancou como gregário, Wladimiro Panizza, foi o líder da prova até à fase final, mas na penúltima etapa, Hinault arrebatou o primeiro lugar vencendo assim o prova pela primeira vez. Em 1981 Giovanni Battaglin ficou com o título, mas em 1982, Hinault voltou a ser o vencedor!
Em 1983 a vitória final sorriu a Saronni. Este ano foi marcado por uma história “daquelas”… Então não é que um fanático de Visentini tentou introduzir um laxante na comida de Saronni para sabotar a corrida deste? Felizmente, o sabotador foi apanhado e Saronni levou a melhor sobre Visentini que ficou com o segundo lugar.
Em 1984, Francesco Moser estava num grande momento, já tinha estabelecido o primeiro recorde hora. Sem Saronni, encontrou um adversário francês, Laurent Fignon. Moser atingiu a parte final da prova com uma pequena vantagem, a última etapa, um contra-relógio individual, ia decidir tudo. O Italiano usou um novo tipo de rodas acabou por manter a liderança e foi coroado vencedor.
Em 1985 foi a última participação de Hinault no Giro e venceu-o.
Em 1986, o italiano Roberto Visentini alcançou o sucesso na geral, ao bater o seu compatriota Saronni.
O ano de 1987 foi de um duelo entre corredores da equipa Carrera, Visentini e Stephen Roche foram os protagonistas. No final de contas, o abandono de Visentini ofereceu numa bandeja o Giro ao irlandês, que meses mais tarde ganharia o Tour e o Campeonato do Mundo. Os ciclistas que ainda lhe deram luta nesta edição foram Robert Millar, Eric Breukink e Marino Lejarreta.
No ano seguinte, 1988, houve o primeiro vencedor americano. Andrew Hampsten, que era um excelente na montanha mas que se defendia bem no contra-relógio, acabou por obter a vitória final usufruindo de uma fuga na décima quarta etapa que "vingou". Em 1989 Fignon aproveitou a ausência de Moser e o fraco desempenho de Breukink na montanha para conquistar a prova.
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